A História de Casey Heynes

Poisé gente, muitos de vocês, senão todos, já devem ter visto o vídeo conhecido na internet como "O filho do Zangief".


(Um suplex magnífico, garoto. Magnífico.)

(Obs: O vídeo foi deletado, mas não se preocupem. Simplesmente cliquem nesse link: http://www.controltheriot.com/bullying/)

O minúsculo agressor, 4 anos mais novo que o agredido e provavelmente 2 metros mais baixo, se aproxima. Se sente seguro, pois mesmo encarando o incrível gigante de 16 anos, ele está cercado por seus amigos igualmente covardes. Nem por um momento o gigante bondoso pisca. Nem quando o agressor segura sua camisa ele se move. Mesmo tomando um soco na cara, ele não diz nem um "ai". Simplesmente limpa o rosto com a seriedade e a dignidade de um mestre de kung-fu. O agressor magricela começa a saltitar que nem um macaco, socando o nosso herói e o provocando. Ele finalmente decide que esta criatura que saltita em sua frente não é merecedor de sua misericórdia. Com movimentos ágeis e a força de três homens, o gigante de 16 anos levanta seu agressor e o joga no chão, com a força do impacto de um meteoro. Voltando a sua atitude benigna e misericordiosa, nosso herói deixa o agressor, reduzido a um nada, no chão, julgando que a lição foi aprendida e que o castigo já foi o suficiente. Como um mocinho de faroeste, o menino se vira de costas para a câmera e sai andando calmamente em direção ao horizonte.

Ou pelo menos é isso que dá para se supôr vendo apenas esse vídeo. Mas que tal conhecer a verdadeira história desse menino chamado Casey Heynes?


(Legendas feitas pelo pessoal lá do www.sedentario.org)

Não importa o que o menino diga, ele é um herói, pelo menos para todos os garotos e garotas pelo mundo a fora que sofrem nas mãos de outros garotos e garotas por motivos pífios. Garotos e garotas narcisistas, que no fundo se sentem inferiorizadas, entram na defensiva e sentem a necessidade de se auto-afirmarem, denegrindo colegas inocentes.

Isso pode parecer surpresa para vocês, mas eu já tive problemas com bullying.


Sim, eu sei que é surpreendente, mas não se preocupem comigo: Eu não tive que aturar isso por tanto tempo quanto crianças como Casey tiveram.

Por quê? Logo de cara, eu tive coragem para confrontar o bully. Eu não sei se isso funcionaria para todos, mas eu simplesmente olhei pra ele, olhos nos olhos, e disse: "Por que você está fazendo isso comigo?".

A reação do sujeito a essa pergunta foi uma das coisas mais estranhas que eu já vi na vida. Ele olhou pro chão, coçou a nuca com a mão e respondeu: "Eu não sei."

Nunca mais tive problemas com aquele bully em particular. Mas talvez, se não fosse por um outro amigo meu que tinha sofrido bullying no passado e tinha confrontado, eu não tivesse tido a coragem de fazer o mesmo. Talvez o meu problema tivesse se estendido. Talvez não importa o quão corajoso você seja, você precise de alguém para se inspirar.

Se inspirem no Casey.

Faço das palavras de Gabe e Tycho (você sabe, do Penny Arcade? A webcomic de videogames mais famosa do mundo?) as minhas:


Ou seja, eu não apoio a violência, mas mesmo assim estou orgulhoso do Casey, simplesmente porque ele se defendeu.

Casey Heynes, quando eu crescer, eu quero ser que nem você.

Sem mais,
Xau e bença.